sussurros de lullaby

Entre o kitsch e o cliché, ao som imaginário de I Love You… Nor Do I de Nick Cave e Anita Lane

terça-feira, maio 29, 2007

Ao meu Jeff Buckley*

Conheci-o morto, não senti a perda nem chorei a morte de um nome sem imagem, contornos e volume. Depois, conheci-o vivo com um som hipnotizante que saiu do play e uma mojo pin que o introduziu na minha vida. Em mim, tenho vindo a ressuscitá-lo distanciando-o da morte, mas hoje, escrevo lágrimas por uma década de ausência, escrevo as lágrimas que não chorei e choro as palavras que não escrevi.

*(17.11.1966 - 29.05.1997)

terça-feira, maio 22, 2007

JE NE REGRETTE RIEN.

segunda-feira, maio 21, 2007

Frame a preto e branco [11]














Inland Empire, de David Lynch

sábado, maio 19, 2007

Fim da canção

Chegámos ao fim da canção
E paro um pouco p’ra dormir
É tarde p’ra voltarmos atrás
Já nem há motivo algum para rir

É como ouvir alguém dizer
"Vê nessa procura
Uma razão
P’ra virar a dor para dentro"
Que é virar o amor para dentro
Falo de um amar para dentro
Que é virar a dor para dentro

Eu vou dizer até me ouvir
A dor chegou para ficar
Eu vou parar quando eu sentir
Não haver motivo algum p’ra negar

É como ouvir alguém dizer
"Vê nessa procura
Uma razão
P’ra virar a dor para dentro"
Que é virar o amor para dentro
Falo de um amar para dentro
Que é virar a dor para dentro

Chegámos ao fim da canção
E paro um pouco para dormir


Ornatos violeta

segunda-feira, maio 07, 2007

Tragos sentimentais de whiskey

Preciso de um balcão, sentar-me num banco alto enquanto seguro um copo largo com fundo grosso de vidro sem gelo, ao som de Coltrane. Quero sair, beber, ouvir jazz, mas jazz não é Lisboa, quero rumar a New Orleans e encontrar o meu balcão, onde lentamente com o dedo vou transformando o círculo de líquido formado pelo copo noutras linhas indecifráveis até atingir a mancha. Entre o choro e o whiskey prefiro o whiskey, desprezo o empregado e ignoro as dores sentimentais alheias que se sentam a meu lado, dou ligeira atenção ao improviso genial do saxofonista e regresso à minha mágoa, a este teclado e ao “whiskey” de 10 anos que oiço em repeat na voz de Jay Jay Johanson.

quinta-feira, maio 03, 2007

Vozes que roçam o desejo |seis|


quarta-feira, maio 02, 2007

Mais outras canções

Carlos Manuel é o supra sumo do fado, para o perceber, não basta apenas ouvi-lo cantar é necessário vê-lo também. Ele vai estar em palco, não com as canções a que me habituei a ouvir, mas com outras canções a descobrir. Um concerto* a não perder…

*bilhetes a 5 euros para menores de 30 anos