sussurros de lullaby

Entre o kitsch e o cliché, ao som imaginário de I Love You… Nor Do I de Nick Cave e Anita Lane

quarta-feira, agosto 31, 2005

“Parabéns a você”

PARABÉNS, FILIPA!

Gosto muito de ti.

!

Quando estou de férias, ando mais leve. Trago menos chaves comigo e ando sem agenda. Ah, e posso ir para o Chiado com ar de turista, misturar-me com os hermanos, com os avecs, com os ragazzi, com os come ons e o resto da fauna forasteira, sem ter que subir ao Bairro Alto para me enfiar num atelier.

terça-feira, agosto 30, 2005

Correntes

Fui à praia, mergulhei com o escuteiro e o baterista, mas depressa me arrepiei e saí do mar. Subo à praia e não me revejo naquele sítio, e onde pareciam estar as nossas toalhas, tudo era inundado de um grande vazio. Azo a pensamentos como:

-“Bem, novamente uma ida à esquadra do Campo Grande, o que é isso, não seria a primeira vez! Já lá devo ter ficha!”

-“Mudar a fechadura de casa, novamente!”

-“O telemóvel, Cristina, porque é que ainda não passaste os contactos para uma agenda?”

-“A minha roupa, e pior, como regresso a Lisboa?”

-“As bolachas e as uvas, não me causam qualquer tipo de mossa…”

Fora pensamentos, resolvo tirar o escuteiro do mar e novamente buscar pelas nossas coisas, o escuteiro começa a ficar nervoso e eu também. Subitamente uma música invade a minha cabeça e põe-me a rir: como é que eu hei-de, como é que eu hei-de ir embora, com as perninhas todas à mostra e os marmelinhos quase de fora. E repetiu-se, repetiu-se, até que encontrámos a nossa identidade no meio da praia.

segunda-feira, agosto 29, 2005

I´m a King Kard woman [16]

…e “Olhem Para Mim”. Foi um encore, foi o rever de um Jack Nicholson francês - Jean-Pierre Bacri - e a sua forma cómica, mas altamente desagradável de conviver com as pessoas.
O Nimas é um bom cinema, mas tenho aqui a acrescentar que o som está uma merda. É inadmissível vermos uma apresentação do Edukatores e ouvirmos o Jeff Buckley todo roufenho a cantar o Hallelujah. De bradar aos céus, de bradar aos céus…

Sussurros em reflexão

Após a primeira imagem, ando a pensar até que ponto faz sentido sussurrá-las.

domingo, agosto 28, 2005

I´m a King Kard woman [15]

…e “De Tanto Bater o Meu Coração Parou”. Iria ver o filme só mesmo pelo título, tal como fiz em “Nos Meus Lábios”. E é impressionante como ao longo do filme não me consegui abstrair do excelente malfadado titulo, e batia e parava e tornava a bater e tornava a parar. Associa-se o coração à vida, à música, às cordas do piano, aos dedos substituídos por tentáculos ondulantes, associa-se ao bater que parou de desengano.

sábado, agosto 27, 2005

Acordo e ainda os vejo:














N i c k C a v e & T h e B a d S e e d s

quarta-feira, agosto 24, 2005

Acordo e ainda o oiço:

And the mercy seat is waiting
And I think my head is burning
And in a way I'm yearning
To be done with all this measuring of truth.
An eye for an eye
A tooth for a tooth
And anyway I told the truth
And I'm not afraid to die.

terça-feira, agosto 23, 2005

I´m a King Kard woman [14]

…e ontem foi dia de “Orlando Vargas”. Fica muito por dizer, é uma película de omissões. Gostei da frase “sonhas por mim?”.

segunda-feira, agosto 22, 2005

3.10 (three ten)

Muito fiquei a saber sobre Vincent Gallo. Gallo não é apenas Bufallo’66, nem apenas o fetichista pelo broche feito pela sua actriz em Brown Bunny. O homem percebe de música e é um conversador nato. Da amizade com o Vasco Pimentel às férias passadas em praias perto de Lisboa com Teresa Villaverde e suas grandes mamas desnudadas, Gallo desfez-se em confissões. E revelou nunca ter estado com uma rapariga portuguesa, nem um beijinho sequer. O quarto 3.10 de um hotel do Porto ficou à disposição, bastava apenas bater 3 vezes à porta, para a abstinência sexual portuguesa de Vincent Gallo acabar.

Eu? Pioneira?

A ver o meu profile carrego acidentalmente sobre uma das minhas preferências cinéfilas, e reparo que sou a única na blogosfera a ter o filme Delicatéssen no profile. Andará tudo na ignorância, ou será que sou a única a conseguir ver a essência da coisa? Para quem não conhece, Delicatéssen foi o primeiro filme de Jean-Pierre Jeunet (o mesmo realizador do Fabuloso Destino de Amélie Poulain), aconselhado vivamente aqui pela bloguista.

I´m a King Kard woman [13]

…e há dias, foi dia de “Charlie e a Fábrica de Chocolate”. É um 2 em 1, do melhor que há: Tim Burton e Johnny Depp num mundo irreal divinal. Li no Expresso que o meu johnny não quer ficar rotulado como um excêntrico, dizendo que o próximo filme que venha a participar possa ser um filme porno. Johnny, não te acanhes, aguardo a performance ansiosamente ;)
(sem querer parecer tarada, mas já o sendo...)

quinta-feira, agosto 18, 2005

lullaby em preparação

…e segue, segue, segue, segue, segue, e segue, e depois segue…

There she goes, my beautiful world

quarta-feira, agosto 17, 2005

(a)casos (2ª parte)

Hoje voltei ao mesmo sítio verde, numa cidade que não é a minha, onde se bebe chá a olhar para a rua. E, depois de um: eu quero chá menta verde (ou verde menta, ou se calhar não era nem uma coisa nem outra) conseguimos conversar, recordo agora que mexia muito no cabelo enquanto lhe falava.

Para Paredes de Coura?

Então, para Paredes de Coura: Segue, segue, segue, segue, segue, segue e segue, e depois segue, segue , segue, segue, segue, segue…

Straight to you, but i’ll come running, one more time.

(a)casos

Nunca soube o que senti por ele. Apenas consigo dizer que o que quer que tenha sido foi muito intenso. Arrisco-me a dizer único. Foi só meu. Só meu, para ele.
O ridículo é que já não o via há muito tempo, aconteceu, foi num local inesperado, numa situação inesperada, vi-o. E o melhor que consegui dizer, depois de tantos meses afastados pela geografia e pela nossa vontade, foi: olá, eu quero um carioca de limão.

segunda-feira, agosto 15, 2005

agora: Silêncio.

How looooooong to sing this soooong?

domingo, agosto 14, 2005

lullaby em preparação

sábado, agosto 13, 2005

“Farheneit a noite estala”

E não é que estalou mesmo!

Clã numa noite quente sob a lua.

I´m a King Kard woman [12]

…e sábado passado foi dia de “Conto de Primavera”. O primeiro de três, são histórias de mulheres, diálogos de mulheres, em que as estações do ano vão acompanhando as diferentes fases etárias de suas vidas. Era minha intenção ver os restantes contos e compilá-los aqui em jeito de antologia, mas não consegui.

quinta-feira, agosto 11, 2005

1

quarta-feira, agosto 10, 2005

2

Do Rato ao Bairro Alto [3]

Do Rato ao Bairro Alto, o polícia sinaleiro (dos únicos, se não o único em Lisboa) tirou o capacete. É careca! É estranho, não o imaginava nem com, nem sem cabelo, para mim seria sempre o mesmo com capacete a cumprimentar todos os condutores e peões que passassem por aquele cruzamento da Rua da Escola Politécnica. Um dia, a meio do meu zapping vi-o na 2, não percebi o contexto, mas lá estava… e com capacete.

3

Ao meu querido p. Romba

Agradeço o jantar e o vinho alentejano que foi coisa para custar 4 euros, upa upa!

p.s: depois de três anos em tua casa, o Jeff Buckley finalmente regressou ao seu verdadeiro habitat.

domingo, agosto 07, 2005

1 semana

sexta-feira, agosto 05, 2005

Gostava de…

…conseguir dormir destapada de barriga para cima.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Do Rato ao Bairro Alto [2]

Do Rato ao Bairro Alto, hoje fui pela sombra. Não atravessei a rua na minha passadeira que agora tem nova cara, pois levou umas demãos. Passei pelo Casal Inabalável da Rua da Escola Politécnica, que tal como eu, ainda não foi de férias este ano, e segui rumo ao Príncipe Real. Aí, atravessei para o jardim, gosto do jardim.

quarta-feira, agosto 03, 2005

As (não) vantagens de trabalhar em Agosto

Pensava: fixe! O metro não vai cheio, vou sentada, a carruagem só para mim.
Enganei-me: o metro não vai TÃO cheio, tudo bem consigo sentar-me, já não vou de pé a ler a história comovente dos okapis que têm uma gestação de 390 e tal dias, e blá blá…

Pensava: agora os Armazéns estão mais vazios, posso ir comer junk food :)
Enganei-me: tudo a abarrotar e fila enorme para as saladas, uma pressão enorme com os tabuleiros na mão a obrigar o próximo a levantar-se urgentemente, antes que o belo do tabuleiro se dirija amigavelmente para a sua cabeça.

Pensava: são só duas semanas, faz-se bem.
Enganei-me: estou desesperada. Preciso de férias!

Chuck Berry fields forever

Gilberto Gil (o ministro) e Maria João (a mãe-santa) no Monsanto a cantar tudo e mais alguma coisa.

segunda-feira, agosto 01, 2005

I´m a King Kard woman [11]

…e ontem foi dia de “Noite de Estreia”. Alguém que representava outro alguém, e que não querendo identificar-se com o alguém representado, temia estar-se a transformar num, e estaria? Uma história depressiva onde os actos são vistos repetidamente, sempre diferentes, com a história e a vida dos actores reflectida nos personagens teatrais. Nunca se chega a perceber o verdadeiro guião da peça.
É um filme de John Cassavetes, com o John Cassavetes e digo-vos já - moças que me lêem - o homem é (era) jeitoso. Há mais esta semana, no cinema Ávila.