sussurros de lullaby

Entre o kitsch e o cliché, ao som imaginário de I Love You… Nor Do I de Nick Cave e Anita Lane

quarta-feira, setembro 27, 2006

Falsas nostalgias

Apetece-me dizer adeus. Adeus cem… Apetece-me ter saudades, acho que, por deixares de existir. Gostava de ter entrado… Eu sempre quis entrar. Influenciada pelo vai e vem que nunca vi, imaginava-o fazer duas vezes apenas. Uma, sozinha. Outra, acompanhada por João Vuvu.

terça-feira, setembro 26, 2006

Se eu por acaso (te vir por aí)

Se eu, por acaso te vir por aí
Passo sem sequer te ver
Naturalmente que já te esqueci
E tenho mais que fazer
Quero que saibas que cago no amor
Acho que fui sempre assim
Espero que encontres tudo o que quiseres
E vás para longe de mim.


JP Simões

Se por acaso (me vires por aí)

Se por acaso me vires, por aí
Disfarça, finge não ver,
Diz que não pode ser,
Diz que eu morri
Num acidente qualquer
Conta o quanto quiseste fazer
Exalta a tua versão,
Depois suspira e diz que esquecer
É a tua profissão


JP Simões

segunda-feira, setembro 25, 2006

Simplesmente post 300

Vozes que roçam o desejo |Quatro|

domingo, setembro 24, 2006

Zoo TV

Penitencio-me sempre que oiço, vejo ou lembro-me deste tour, ajoelho-me no milho e chicoteio-me por na altura ter apenas 12 anos e não ter autorização para participar neste tipo de eventos (mal os meus pais sabiam que SÓ estavam única e exclusivamente a impedirem-me de ver o melhor espectáculo de música alguma vez feito). No entanto, adoro rever esta peça única, na minha caixa tenho o vhs de Sidney, dois mini-disc de Dublin e tinha dois cd’s de Dublin (agora desaparecidos). Esta semana foi o lançamento do dvd e o meu aniversário está aí, portanto já sabem… não se acanhem…

sexta-feira, setembro 22, 2006

Juli(on)ette

Ultimamente ando com uma dislexia incontrolável: não consigo dizer a palavra juliette, sai sempre julionette, mas é que é seeeempre (pronto, se pensar um bocado antes de a dizer não sai, mas tenho que controlar bem os movimentos da língua). Será trauma pelos seus últimos filmes, enfim, deixarem muito a desejar?

quinta-feira, setembro 21, 2006

Fancid

A contrariar o nome de um fármaco qualquer, fancid surge-me frequentemente quando saio do atelier. A carrinha vermelha é a mesma, aquela que nos vidros de trás tinha dois cartazes já descoloridos do tempo com tons rosa (antigo vermelho). Mas os cartazes mudaram, estão mais minimal, agora apenas os traços pretos limpos no fundo branco constroem o grande Cid. E roam-se de inveja suas estrelas nacionais ou internacionais, bestas ou bestiais que nunca tiveram a brilhante ideia de se despirem, porem um disco de ouro ou platina à frente e darem ordem para o clic!
Resta-me acrescentar que o FanCid é “supervisionado por os tós” (medo, muito medo!)

segunda-feira, setembro 18, 2006

Luz boa, luz má

A noite de Lisboa tem cores novas, são as RGB da Luzboa (e eu ainda não vi as B). Um percurso que vai do Príncipe Real às Portas do Sol, e que toma agora um novo rosto sob uma penumbra insegura colorida. Por agora, apenas os candeeiros “pintados” nos remetem para esta nova luz de uma Lisboa audaz, mas esperam-se outras instalações e esperam-se (pelo menos, eu espero) mais watts. Entretanto, enquanto me vou passeando pelo jardim do Príncipe Real, penso: alguém acende um bic?

domingo, setembro 17, 2006

Na esplanada com Hitchcock – rentrée

sexta-feira, setembro 15, 2006

Finalmente és meu, Cohen.

Aqui, o som imaginário de i’m your man, interpretado pelo Nick Cave.

If you want a lover
I'll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I'll wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
I'm your man

If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
I'll examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
I´m your man

Ah, the moons too bright
The chains too tight
The beast wont go to sleep
I've been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or I'd crawl to you baby
And I'd fall at your feet
And I'd howl at your beauty
Like a dog in heat
And I'd claw at your heart
And I'd tear at your sheet
I'd say please, please
I'm your man

And if youve got to sleep
A moment on the road
I will steer for you
And if you want to work the street alone
I'll disappear for you
If you want a father for your child
Or only want to walk with me a while
Across the sand
I'm your man

If you want a lover
I'll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I'll wear a mask for you

terça-feira, setembro 12, 2006

Sou uma hand model

segunda-feira, setembro 11, 2006

Do Rato ao Bairro Alto [13]

Do Rato ao Bairro Alto, a ressaca da manhã de sábado e um caminho longo. A garganta ressacada pediu-me a saída da rua para o café do Eça de Queirós. “A menina já está atendida?” “Não, eu quero uma garrafa de água fresca de meio litro, que me cure a sede e que me dê estímulo para continuar o projecto argelino até às quatro horas, hora em que pretendo cagar naquela merde (sim, porque tem de ser em francês) e ir para a praia dar um mergulho, porque hoje é sábado, se faz favor!”. Voltei a entrar para a rua onde me questionei porque raio os autocarros teriam agora todos um número setecentos e qualquer coisa.

quarta-feira, setembro 06, 2006

A verdadeira pérola

Do Jeremias sempre gostei mais do Fora da Lei, mas tinha de ouvir que o Jeremy tinha falado nas aulas hoje, todos os dias e em todos os intervalos de dez minutos. As miúdas imberbes vestiam luto pelo Cobain, mas suspiravam pelo vivo e lindo Vedder (segundo elas). Quem não me conhece (desse tempo) ainda me perguntou se ia ao concerto, não consegui evitar o riso e essa foi a minha resposta. Nunca me direccionei por esse caminho, andei por outro trilho diariamente a descobrir todas as semblantes fantasiosas de Patton (este sim: lindo).

terça-feira, setembro 05, 2006

Como sempre… como dantes

Não explico o fascínio, nem explico o prazer. Não explico porque fico nervosa nos minutos que antecedem a sua subida ao palco e não explico porque devo corar quando passa por mim entre a Rua do Carmo e a Rua Garrett. Não explico o desejo, nem explico o arrepio. Não explico o fado dele em mim.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Plano B

Passei ao plano B ”não sejas injusta com o senhor, dá-lhe uma oportunidade, o senhor até canta bem as invariáveis quatro palavras putos, lisboa, gaivota e canoa, senta-te e ouve”.

sábado, setembro 02, 2006

Vozes que roçam o desejo |Três|

Plano A

Já no local, passar pela segurança e alcançar o senhor. Convencê-lo a bem, que sim, que apesar de ser considerado um grande marco do fado português, o melhor será mesmo cantar sozinho ou simplesmente não cantar. Se o senhor der luta, uma ligeira pancada conduzi-lo-á para o estado inconsciente, sentá-lo-ei confortavelmente numa cadeira em frente ao palco para que quando acorde o senhor possa apreciar o concerto na sua plenitude. Se não resultar, passarei ao plano B.