Encontros indie

Podemos andar um ano inteiro a deambular desencontradamente pela cidade, mas nesta altura sabemos que o destino apenas varia entre os quatro cinemas indie. O encontro apesar de inevitável é sempre inesperado, encontro amigos, amigos de amigos, o rapaz giro do liceu que ainda me sorri, o rapaz que se sentava a meu lado nas aulas de história do 7º ano e me roía as canetas todas, metade da faculdade de arquitectura, metade da faculdade de belas artes e amigos ou amigos de amigos de outras paragens e andanças. Agora, dentro do imprevisível há sempre o improvável, e nada me faria crer que hoje iria encontrar o Stuart Staples a subir as escadas do Londres, e que me olharia enquanto eu o reconheço (talvez tenha sido das poucas pessoas) e ao mesmo tempo tenho um espasmo cerebral e repito para mim: eu adoro este homem, eu adoro este homem, eu adoro este homem, eu adoro este homem…

Foi

Charles Lloyd, na Culturgest

Final de Lynch em grande com Nina Simone

So I run to the lord
Please help me lord
Don’t you see me praying
Don’t you see me down here praying

But the lord said
Go to the devil
The lord said
Go to the devil
He said go to the devil
All on that day

So I ran to the devil
He was waiting
I ran to the devil he was waiting
I ran to the devil he was waiting
All on that day

I cried power Lord

Frame a preto e branco [10]

Iklimler, de Nuri Bilge Ceylan

Minuto 2: para cantar de braços abertos com pirueta no fim

From the corner of my eye
A hint of blue in the black sky
A ray of hope, a beam of light
An end to thirty years of night
The church-bells ring, the children sing
What is this strange and beautiful thing
It's the sunriiiiiiiise
Can you see the sunriiiiiiiiise?
I can see the sunriiiiiiiiise

“Sunrise”, The Divine Comedy

Interpretações toponímicas

Começou deambulando pela Baixa-Chiado, mais tarde, aproximou a escala urbana fixando-se no Largo do Carmo e agora subiu à Rua Luz Soriano. A trama da cidade tende a ficar cada vez mais próxima e especulo já um quinto blogue talvez num beco. Até lá, a passagem saudosa faz-se pela rua luxuriano.

Frame a preto e branco [9]

História trágica com final feliz, de Regina Pessoa

Frame a preto e branco [8]

Il Caimano, de Nanni Moretti

(Queria ter encontrado a frame com o Nanni Moretti em grande plano com um background em chamas, qual Nero a incendiar Roma!!!)

Frame a preto e branco [7]

Les Anges Exterminateurs, de Jean-Claude Brisseau

O verdadeiro grande português

AVISO: ESTE BLOGUE NÃO FALA DE FILHOS DA PUTA

O verdadeiro grande português foi um dos escolhidos, mas não chegou aos dez primeiros. Está vivo, não escreveu, não conquistou, não reconstruiu, não libertou, não navegou, não descobriu, mas jogou muito e jogou muito bem. Gosta do marisco tremoço, já tem uma estátua e ainda veste de encarnado. Eusébio está em todas as casas portuguesas, afixado nesta, naquela ou noutra parede…