sussurros de lullaby

Entre o kitsch e o cliché, ao som imaginário de I Love You… Nor Do I de Nick Cave e Anita Lane

domingo, outubro 30, 2005

Continuar em beleza no B.leza

Confesso que recusei muitas idas ao B.leza, que recusei muitas danças no B.leza, mas também confesso que das muitas vezes que lá fui sempre me diverti. Era sempre como entrar noutro mundo, e cada ida tinha sempre um episódio sui generis para contar. É o querer continuar que me leva a assinar aqui, assinem também...

*Que não fiquemos reduzidos a sítios sem alma, onde a paixão pela música não existe e as estórias para contar são apenas as de engates sucessivos e copos desmedidos. O palácio Almada Carvalhais, com a História inscrita nas suas rugas, envolve-nos com a sua mística de lugar com aura, a de muitos personagens que por lá passaram ao longo de séculos e que hoje, através das marcas que deixaram inscritas no edifício, nos envolvem e nos dão o cenário perfeito para imaginarmos e simplesmente dançarmos. Que esta não seja uma última dança*
Catarina Picciochi

Acabar um blogue

Não percebo o porquê de acabar um blogue. Como é que isso se impõe sobre nós, será que acordamos uma manhã e dizemos: “hoje vou acabar o blogue”. É certo que uma pessoa farta-se e até pode fazê-lo como protesto a algo. Mas acabar! Acabar assim… e como sabe que nunca mais quererá escrever nele? E se quiser? Depois de acabado fará sentido voltar a escrever?
Se a intenção for acabar mesmo, então o post “último” será o mais justo, não ilude, já sabemos que deixámos de ter uma companhia diária, já sabemos que não iremos encontrar lá nada de novo. Mas, também sabemos que ficarão sempre os antigos ditos para recordarmos o que um dia chegámos a ler com tanto prazer.

Isto tudo, porque este menino (que indirectamente incentivou o criar destes meus “sussurros”) resolveu acabar…

sábado, outubro 29, 2005

Let’s look at the trailer [03]





















Castelo Andante, de Hayao Miyazaki

Mais que querer girar uma roda para escolher uma cor, para poder abrir a porta para um cenário diferente, gostava de abrir a porta e mudar, mudar simplesmente.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Ode a Jorge Palma sem “bairro do amor”

“lobo malvado”

Eu fui um lobo malvado
Entrei em casa da avózinha
E instalei-me na caminha
Contigo a meu lado
Depois mostrei-te a cozinha
Fiz-te passar um mau bocado
Com medo de ficar sozinho
Quis fazer de ti o meu capuchinho

Ainda não manejei nenhuma arma que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
À mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres és bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado
Não precisa de pintura
És bem vinda, amor
Se ainda te apetecer
Tal aventura

Cheguei com falinhas mansas
Quis mostrar-te quem não era
Armei-me em herói de quimera
Todo brilhante
Mais tarde soltei a fera
Mostrei-te o meu corno penetrante
Com ele espetei contigo na rua
Mas antes fiz questão de te deixar nua

Ainda não manejei nenhuma arma que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
À mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres és bem vinda, amor
Ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado
Não precisa de pintura
És bem vinda, amor
Se ainda te apetecer
Tal aventura

Eu fui um lobo malvado...

Let’s look at the trailer [02]

Vi “Caché” no âmbito da festa ou festival de cinema francês. Começa com um plano de uma casa a ser filmada por outrem, com os donos da casa a assistir. Hummm… pensei: é impressão minha ou o Lynch já se lembrou disto há muito mais tempo em Lost Highway, e com uma concretização muito, mas muito mais feliz.

terça-feira, outubro 25, 2005

Não consigo deixar de















... TOMAR-lhe O GOSTO

Entre povos, em Tomar

Eu: (a andar pelas ruas de Tomar em horário de almoço)
Tomarense 1: Eh pá! Esta é jeitosa!
Tomarense 2: É jeitosa e carpinteira!
Eu: (?) (Ah ok! Tenho uma fita métrica presa no bolso, mas daí a ser carpinteira…)

quinta-feira, outubro 20, 2005

Ide! Ide! ou Vinde! Vinde!











…ver (principalmente) estes meninos.

não percam!

quarta-feira, outubro 19, 2005

“let me kiss you”

Morrissey ou Nancy Sinatra? Gosto das duas…

terça-feira, outubro 18, 2005

Let’s look at the trailer [01]




















Último Tango em Paris

É cliché, mas: já não se fazem homens como este…

Do Rato ao Bairro Alto [5]

Do Rato ao Bairro Alto, parei nos tapumes com “Camané e Cristina Branco na Aula Magna dia 26 de Novembro” (ai Camané, Camané, porque me fugiste naquela noite no Largo do Carmo… porque não esperaste por mim). Adiante, nesses mesmos tapumes, uma noite não sei bem quando, foi arrancado um poster do Portugal sa (já não me lembro se era mesmo este o nome), não sei porquê, não sei por quem, não sei para onde.

domingo, outubro 16, 2005

Auto-Herzog [Bcn 03]

Let’s look at the trailer [00]

Parafraseando não sei bem quem, a partir de hoje vai ser assim. Devoto aos filmes que vou assistindo, não pretende ajuizar ou criticar o filme, nem dissertar sobre os planos de filmagem, nem falar sobre os actores, nem tão pouco contar o seu argumento. Pretende ser um espaço para o que me apetecer falar sobre o filme ou não, pode mesmo nada se relacionar com nada. Mas se me apetecer, até critico, até disserto, até falo e até conto.
Isto é assim e eu sou assim.

sábado, outubro 15, 2005

Auto-Herzog [Bcn 02]

I´m a King Kard woman [21 e último - very delayed]

E “Os Respigadores e a Respigadora” é um documentário de uma originalidade incrível, onde se rebusca o nada que se pode transformar em tudo.
Mas, não se rebusca um amor… um amor perde-se, perde-se para outras pessoas. E afundamo-nos na perda e perdemos a vontade de voltar a ganhar.

quarta-feira, outubro 12, 2005

de mim para mim: Parabéns!

segunda-feira, outubro 10, 2005

Trago nos ouvidos…

Sigur Rós – TAKK.

domingo, outubro 09, 2005

Gostava de ser assim [Bcn 01]















uma pessoa equilibrada

quinta-feira, outubro 06, 2005

6:30 am

Hoje acordei às 6:30. Em toda a minha vida, já me deitei mais vezes a esta hora do que me levantei. E estou empenhada a não alterar o meu score.
Portanto Tomar, esquece-me! (isto não é um sussurro, é um grito!)

I´m a King Kard woman [20-delayed]

E “Há Festa na Aldeia” é uma animação, uma quietação para a mente. É rir inocentemente de todas as piadas, até das fáceis. O carteiro é O personagem, e as suas cenas de carteiro mais veloz que supera a rapidez dos pseudo correios americanos assoberba o filme, sem dúvida. É um filme de Jacques Tati, palavras para quê!

quarta-feira, outubro 05, 2005

Simplesmente post 100

Ando a pensar no teu caso

A menos de uma semana para as autárquicas, tento decidir-me em quem quero “transformar” a minha amiga Shana (que já foi uma Santanette, agora Carmonette). Entre Carmonette, Carrilhette, Fernandette, Carvalhette ou Pintette, estou seriamente inclinada para o Branquette.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Daqui a nada…

… outro hermético, em por outro lado na 2: Ali Farka Touré. Et voilá!

(Hermeto ou Hermético) Pascoal

É bom quando se passa pela sala do boss e fica-se uma hora a discutir 30 anos de música do senhor brasileiro em questão e a descobrir os seus infinitos cd's e vinyl’s; e a partilhar a tristeza pelo facto do concerto na Culturgest já estar esgotado; e a lamentar o desespero dos arquitectos estarem intensamente ocupados em finais de Julho (sinónimo - faltar a Sines); e a pôr hipótese de irmos ao Teatro de Aveiro, ou então esperar por outros regressos do senhor.

Do Rato ao Bairro Alto [4]

Do Rato ao Bairro Alto, caminhei sob um sol eclipsado pouco quente. Cruzei-me com uma série de pessoas com óculos trendy apropriados para o momento, apeteceu-me roubá-los por instantes, mas não o fiz.

domingo, outubro 02, 2005

lullaby em recuperação [Bcn]




















Aceitam-se comentários ao cartaz sui generis da festa da mercê 2005.

sábado, outubro 01, 2005

Lisboa

Lisboa, Cais do Sodré:
Quando chega a noite
Com suas caras fugidias,
Olhos dilatados pelo assombro
Deixamos que a cidade nos invada,
Fantasma a embriagar-nos de luz e côr
Num sonho de mil e uma fantasias,
O desejo cruzando os neons
Em projecções plásticas...

O dealer roubou-me,
Levou-me a alma!
Rai's parta o dealer!

E se depois, ao acordarmos,
Acaso reparamos na escuridão que nos cerca,
No leve restolhar que vem do lúgubre canto,
Somos tomados por uma enorme letargia
Que nos deixa permeáveis
Ao frio da madrugada.
É então que as ratazanas,
Abandonando as trevas,
Ficam estáticas, silenciosas,
A verem-nos ir, equilibrando o passo,
Por entre as sombras e o lixo...

O dealer roubou-me,
Levou-me a alma!
Rai's parta o dealer!

Táxi!
Casal Ventoso, se faz favor!