Tragos sentimentais de whiskey
Preciso de um balcão, sentar-me num banco alto enquanto seguro um copo largo com fundo grosso de vidro sem gelo, ao som de Coltrane. Quero sair, beber, ouvir jazz, mas jazz não é Lisboa, quero rumar a New Orleans e encontrar o meu balcão, onde lentamente com o dedo vou transformando o círculo de líquido formado pelo copo noutras linhas indecifráveis até atingir a mancha. Entre o choro e o whiskey prefiro o whiskey, desprezo o empregado e ignoro as dores sentimentais alheias que se sentam a meu lado, dou ligeira atenção ao improviso genial do saxofonista e regresso à minha mágoa, a este teclado e ao “whiskey” de 10 anos que oiço em repeat na voz de Jay Jay Johanson.
3 Comments:
At 3:45 da tarde, Anónimo said…
Este é de entre os blogs que acompanho há quase dois anos, o mais intrigante.
At 3:45 da tarde, indigente andrajoso said…
tens o buraco velho da alegria, o hot clube, tambem lá cheira a wiskey...
At 8:13 da tarde, lullaby said…
agradeço a leitura do anónimo e a sugestão do indigente :)
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